Hepatite C
A hepatite C é uma doença viral que acomete o fígado. Acredita-se que cerca de 2 a 3% da população mundial esteja infectada por esse vírus. Essa doença na maioria das vezes não ocasiona nenhum sintoma e portanto a maioria das pessoas não sabe que estão infectadas. A exposição ao sangue infectado com o vírus da hepatite C é o principal meio de contaminação. Todas as pessoas que tenham recebido transfusões de sangue antes de 1992 ou que tenham usado drogas injetáveis ilícitas, constituem importante grupo de risco para essa infecção.
Existem ainda outras fontes de infecção, tais como: transplante de órgãos, hemodiálise, acupuntura, tatuagem, transmissão materno - fetal e sexual. Após a contaminação por esse vírus, a evolução da doença pode variar de pessoa para pessoa. A enorme maioria das pessoas não percebe quando foi contaminada.Cerca de 15% das pessoas tem cura espontânea da doença. Cerca de 85% das pessoas contaminadas caminham para um quadro de hepatite crônica. Deste total 20% irão desenvolver cirrose ao longo de um tempo variável. Ainda uma pequena porcentagem desses pacientes poderão desenvolver câncer de fígado ao longo do tempo. Trata-se portanto de uma doença grave. Não existe vacina para ela, porém existe tratamento.
O tratamento atual é feito com duas drogas diferentes: Interferon e Ribavirina. São medicamentos caros e com efeitos colaterais importantes. É necessário que seu uso seja feito com cautela e por profissionais experimentados. Felizmente o Ministério da Saúde fornece gratuitamente os medicamentos necessários. Cerca de 30 a 40% dos pacientes tratados apresentam cura da doença. Novos medicamentos, com melhores resultados encontram-se em estudo e deverão ser disponíveis em breve para uso de toda a população.
Dra. Maria Cássia Jacintho Mendes Corrêa
Médica - Assistente do Ambulatório de Hepatites da Divisão de Doenças Infecciosas e Parasitárias do HC-FMUSP.
Responsável pelo Ambulatório de Hepatites da Casa da AIDS-HC/ Fundação Zerbini.
Nenhum comentário:
Postar um comentário