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segunda-feira, 5 de julho de 2010
Hipertensos não sabem relacionar sal e sódio nos rótulos dos alimentos
As informações são da repórter Karina Toledo, do jornal "O Estado de S. Paulo".
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o consumo diário de sal não deve exceder seis gramas por dia - uma colher de chá. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) deve lançar em breve uma nova diretriz reduzindo esse valor recomendado para cinco gramas.
Estudo recente no New England Journal of Medicine apontou que diminuir o consumo de sal pode reduzir doenças cardiovasculares tanto quanto parar de fumar, combater a obesidade e controlar o colesterol. O problema é que a tabela nutricional das embalagens não informa a quantidade de sal e sim a de sódio - um dos componentes do sal de cozinha e o verdadeiro causador da pressão alta.
Para aumentar a confusão, o sódio não está apenas em alimentos salgados, mas também em conservantes (nitrito de sódio e nitrato de sódio), adoçantes (ciclamato de sódio e sacarina sódica), fermentos (bicarbonato de sódio) e realçadores de sabor (glutamato monossódico).
"Isoladamente, o sódio não tem sabor, mas apenas 24% dos entrevistados sabiam disso", diz a nutricionista Cristiane Kovacs, uma das autoras do estudo. "Costuma-se recomendar a redução no consumo de sal porque ele é a principal fonte de sódio da alimentação, mas não é a única."
O cardiologista Daniel Magnoni, coordenador da pesquisa, explica que é preciso multiplicar o valor de sódio no rótulo por 2,5 para saber o quanto aquilo corresponde em gramas de sal. Um alimento com 500 mg de sódio representa 1,25 g de sal.
Anvisa
"Estou elaborando uma proposta governamental para alterar a informação dos rótulos para que contenham a quantidade de sal", diz Magnoni. Mas, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não seria possível fazer essa alteração porque muitos alimentos - como o leite - contêm naturalmente sódio, mas não sal. "Declarar a quantidade de sal em um alimento que não teve adição desse ingrediente seria enganar o consumidor", afirmou a agência em nota.
texto retirado do site globo.com
Celulas do Racismo
A síndrome é rara, causada por uma mutação genética, removendo 25 a 30 genes do cromossomo 7. Como diversas outras doenças raras, a síndrome talvez não chamasse tanta atenção, não fossem as consequências comportamentais que os portadores dessa mutação apresentam. Crianças com a síndrome de Williams são demasiadamente amigáveis, hiper-sociais e apresentam um interesse demasiado em pessoas desconhecidas. “Todas as pessoas do mundo são meus amigos” – frase que se costuma usar para caracterizar crianças com essa síndrome.
Isso porque não apresentam bloqueios sociais ao entrar em contato com estranhos. A razão disso já foi discutida numa coluna anterior e está relacionada à Teoria da Mente (capacidade que temos de imaginar o que o outro estaria pensando). Esse defeito acontece durante o desenvolvimento, e as razões neuronais ainda são obscuras.
O estudo em questão mostra que essas crianças não desenvolvem atitudes negativas contra outros grupos étnicos, mesmo apresentando atitudes estereotipadas comuns a crianças normais da mesma idade. Essa parece ser a primeira evidência sugerindo que diferentes tipos de estereótipos e preconceitos podem ser biologicamente distintos.
Indivíduos adultos com a síndrome de Williams apresentam atividade neuronal anormal numa estrutura cerebral conhecida como amígdala. Essa região está envolvida com a resposta a ameaças sociais, acionando inconscientemente respostas emotivas negativas contra outras etnias. Tendências racistas estão associadas ao medo: adultos são mais propensos a associar objetos negativos ou eventos repulsivos (por exemplo, choques elétricos) a pessoas de outras etnias. Mas de acordo com esse último estudo, seria o medo social que levaria ao preconceito. Uma perspectiva com sérias implicações, sem dúvida. Poderíamos sugerir, por exemplo, intervenções para reduzir o medo social como alternativa contra o preconceito. Mas será que existem evidências suficientes na pesquisa para garantir essa conclusão?
O trabalho consistiu em mostrar imagens de pessoas a 20 crianças de 5 a 16 anos portadoras da síndrome de Williams e outras 20 crianças normais (grupo controle), com mesma faixa etária. Todas de origem europeia e de pele branca. O primeiro teste consistia em pedir para os dois grupos de crianças escolherem as imagens relacionadas com atividades geralmente associadas a homens ou mulheres, como por exemplo, brincar com bola ou bonecas. Os dois grupos mostraram o mesmo tipo de tendência estereotipada, associando figuras de meninos com a bola e figuras de meninas com bonecas.
As crianças também ouviram historinhas sobre os personagens das figuras, descrevendo atributos negativos, como sendo teimosos ou sujos, ou atributos positivos, como bonitos e inteligentes. Pediu-se para as crianças associarem os tipos de histórias com imagens de pessoas de pele clara ou escura. Um exemplo de história consistiu em: “Havia dois meninos, um deles era muito amoroso. Quando viu que o gatinho caiu no lago, o menino salvou o animal, evitando que ele se afogasse. Qual é o menino gentil e amoroso?”
Crianças-controle, sem síndrome de Williams, consistentemente associam características positivas a indivíduos de pele clara e características negativas aos de pele escura. Infelizmente, esses dados confirmam resultados anteriores feitos tanto em crianças claras como em negras. No entanto, as crianças portadoras da síndrome de Williams não mostraram nenhum tipo de bias (preconceito). A conclusão óbvia é que o medo social não é necessário para estereótipos sexuais mas é importante para o estabelecimento de preconceitos étnicos.
O dado é extremamente interessante, mas existem alguns detalhes que podem influenciar as conclusões dos pesquisadores. Os pacientes com síndrome de Williams têm outros tipos de problemas, como retardo mental e reduzida capacidade de aprendizado, que podem interferir com as escolhas feitas pelas crianças. Apesar do grupo ter escolhido participantes com QI e nível socioeconômicos parecidos, as crianças com Williams possuem experiências de vida bem diferentes de crianças normais. Até certo ponto, todas as crianças são expostas a modelos baseados em sexo pelo convívio com os pais, mas nem todas têm a chance de refletir sobre a questão do racismo. A exposição reduzida das crianças com Williams a estereótipos racistas pode ser uma outra forma de interpretar os resultados do grupo.
Além disso, o estudo não responde se o preconceito tem bases genéticas predeterminadas ou é baseado em experiência prévia. Alterações genéticas podem fazer alguém nascer sem as mãos e por isso ser incapaz de tocar piano. Não podemos inferir que exista uma base genética para tocar piano nesse caso. Com esse trabalho, a mesma coisa. Para examinar o papel da experiência prévia o grupo poderia, por exemplo, encontrar crianças que foram criadas por pais do mesmo sexo. De qualquer forma, o trabalho precisa ser replicado em grupos maiores e com outras faixas etárias.
O que parece ser um fato é que preconceitos e estereótipos diferentes podem ser biologicamente discriminados. Se isso é por causa de genes, ambiente ou uma complicada interação entre ambos, é uma questão cuja resposta ainda está por vir.
texto reirado site globo.com
Células Maternas em nossos corpos
Microquimerismo é o nome dado ao fenômeno biológico referente a uma pequena população de células ou DNA presente em um indivíduo mas derivada de um outro organismo geneticamente distinto. Eventos naturais de microquimerismo estão sendo conectados a doenças autoimunes – como o caso de escleroderma e lúpus. Além disso, a presença de microquimerismo em células do coração de indivíduos infartados sugere que o fenômeno possa contribuir com o reparo natural de certos tecidos do corpo.
Pesquisas nessa área começaram a partir de estudos de rejeição de tecidos transplantados. Era curioso observar a falta de rejeição de órgãos entre indivíduos não compatíveis. Apesar de raros, esses casos despertaram a curiosidade de pesquisadores que passaram a procurar formas de explicar a integração do tecido transplantado na ausência de uma reação imunológica.
Utilizando-se de sondas especificas para o cromossomo Y (aquele presente só em homens), foi revelado que diversos tecidos de mulheres que haviam passado por um transplante continham células masculinas. A observação mais impressionante foi que essas células masculinas não se limitavam apenas ao tecido transplantado, mas podiam ser encontradas espalhadas por diversos órgãos da mulher.
Até aí, a explicação mais óbvia seria que células transplantadas teriam migrado e se inserido em outros tecidos do corpo da mulher receptora. A explicação parecia verossímil até que se descobriu que o fenômeno também ocorria em algumas mulheres que nunca haviam recebido transplante algum. De onde estariam vindo as células masculinas no corpo dessas mulheres?
A análise do histórico médico revelou uma correlação extremamente curiosa: apenas as mulheres que tiveram filhos homens antes do teste apresentaram microquimerismo masculino. Essa correlação levou à interpretação de que existe uma troca natural entre células do feto e maternas durante a gravidez. Isso também explicava a falta de rejeição em algumas mulheres, pois o microquimerismo celular era mais frequente e havia estimulado o sistema imune do transplantado anteriormente.
Essa quebra de dogma (de que somos feitos unicamente a partir de nossas células embrionárias) estimulou estudos em doenças autoimunes. Em diversos trabalhos realizados, níveis de DNA masculino estavam presentes em quantidades significativamente maiores em tecidos de mulheres com esclerose sistêmica quando comparados com mulheres sadias. Todas as mulheres com esclerose sistêmica haviam tido filhos homens. Esses dados foram reproduzidos em modelos animais, utilizando-se camundongos fêmeas.
Os estudos não são completamente conclusivos ainda. Pode-se argumentar, por exemplo, que o nível de microquimerismo aumentou em função da própria doença. Segundo essa visão, as células masculinas estariam proliferando como consequência da doença, e não como causa.
Em outra doença autoimune, o lúpus em neonatos, a interpretação é semelhante. Nessa doença, o neonato com baixo sistema imunológico estaria mais propenso a receber células maternas, aumentando o microquimerismo. Estudos subsequentes nesses pacientes mostraram que as células maternas persistem na pessoa adulta, especializando-se em diversos tecidos e tornando-se parte integral do corpo do indivíduo.
Em adição aos trilhões de células derivadas do óvulo fertilizado que fomos um dia, cada um de nós possui células adquiridas de um outro organismo, geneticamente distinto. No útero, as recebemos através de uma infusão de nossas mães. Mulheres grávidas também coletam uma amostra derivada do embrião em desenvolvimento. Que essas células cruzem a placenta não é novidade. Afinal de contas, o tecido que conecta a mãe ao feto não é uma barreira impenetrável, mas uma fronteira seletiva, permitindo a passagem de nutrientes e fatores necessários ao desenvolvimento do feto. O que é novidade é que as células trocadas persistem no organismo receptor, residindo em diversos órgãos.
Essas células têm a capacidade de contribuir para o reparo de tecidos danificados ou mesmo ser alvo de doenças autoimunes. Portanto, esse microquimerismo parece contribuir tanto para a saúde quanto para a doença, dependendo da situação. Essa área de estudo é relativamente recente em biologia e, como toda disciplina atípica, requer um estágio de estabelecimento até que a massa de cientistas preste atenção e reconheça o fenômeno como relevante.
Intuitivamente, sinto-me feliz sabendo que carrego um pouco de minha mãe comigo. Acho que o mecanismo pode ser visto, primeiramente, como uma forma adicional de proteção materna, mas que nos acompanha pela vida inteira. De qualquer forma, me faz pensar: se carrego um pouco de células maternas protetoras na maioria de meus órgãos, qual será então o impacto de neurônios da minha mãe no meu cérebro?
texto retirado do site globo.com
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Atividades aeróbicas podem ser benéficas para pessoas com artrite, diz estudo
Especialista alerta para a importância da higiene bucal dos bebês
quinta-feira, 1 de julho de 2010
USP testa 'preservativo intestinal' para tratar casos graves de obesidade - www.globo.com
O produto foi testado pelo Hospital das Clínicas da USP em 78 pessoas. "Tivemos uma média de perda de 30% do excesso de peso nos pacientes", conta o médico Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura, diretor do serviço de endoscopia gastrointestinal do hospital.
lém de emagrecer, 90% das pessoas que tinham diabetes tipo 2 conseguiram controlar a doença. Isso ocorre, segundo o pesquisador, porque a prótese estimula a produção de insulina e diminuiu a resistência do corpo a essa substância.
O teste foi realizado com pacientes que já tinham indicação de cirurgia do estômago, mas que não podiam fazê-la por causa das más condições de saúde causadas pela obesidade. Participaram da pesquisa pessoas que tinham obesidade mórbida (com índice de massa corporal, IMC, maior que 40) ou obesidade grave (IMC entre 35 e 39,9) com diabetes ou hipertensão.
Segundo Eduardo de Moura, a colocação da prótese não substitui a cirurgia, mas pode ser uma boa alternativa para pacientes que são obesos, mas o caso não é grave o suficiente para exigir a retirada de parte do estômago.
Sem cortes
Para a colocação da manga endoscópica, como é chamada tecnicamente, é necessária a aplicação de anestesia geral. Como o aparelho entra pela boca com a ajuda de cabos e câmeras, nenhum corte é feito no paciente, o que acelera a recuperação.
Por enquanto, é possível ficar com o "preservativo intestinal" por no máximo um ano. De acordo com o médico do Hospital das Clínicas, mais pesquisas são necessárias para saber se o dispositivo pode causar prejuízos à saúde se ficar por mais tempo.
Dentro do intestino, o tubo plástico pode causar alguma irritação. "Eu tive uma reação nos primeiros 40 dias, quando ainda era necessário ingerir apenas líquidos. Quando eu andava de carro, começava a vomitar", conta o consultor financeiro Jose Correa Garcia Junior, de 57 anos, que retirou a prótese em março.
Por causa da menor absorção de nutrientes, quem usa o aparelho pode ter que tomar suplementos alimentares. "É necessário repor ferro, cálcio e vitaminas", explica Eduardo de Moura.
Volta à normalidade
A remoção do aparelho também é realizada pela boca, sem cirurgia. Sem o equipamento, o corpo volta a absorver os alimentos normalmente, exigindo disciplina dos pacientes para manter o peso.
"Você não pode deixar de ser acompanhado pelo endocrinologista, cirurgião de obesidade, nutricionista, e não vai deixar de ter sua atividade física, seu apoio emocional", alerta Eduardo de Moura.
Chegada ao mercado
A pesquisa estimulou a procura pela instalação da manga endoscópica, mas o produto pode demorar a chegar aos hospitais, pois a empresa que o produz ainda não tem capacidade para fabricá-lo de forma comercial.
AL e PE têm ações para prevenir doenças causadas por enchentes
Para evitar esse e outros problemas enfrentados por moradores de áreas atingidas, como diarreias, hepatite A e picadas de animais peçonhentos, as Secretarias Estaduais de Saúde, em parceria com as prefeituras, têm realizado ações preventivas.
"Técnicos da vigilância epidemiológica e saúde estão visitando cada um dos municípios atingidos pela chuva e visitando abrigos para detectar precocemente sinais de sintomas de doenças. Eles orientam a população sobre medidas de higiene e ensinam como lavar e cozinhar os alimentos. Além disso, há a distribuição de hipoclorito de sódio para uso na água antes do consumo", diz ao G1 Sandra Canuto, superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas.
Até esta quinta-feira, de acordo com a Defesa Civil, 57 pessoas morreram por causa da chuva, nos dois estados. Mais de 157 mil tiveram que deixar suas casas e 95 municípios registraram prejuízos.
Até agora foram notificados no estado, segundo a Secretaria de Saúde, 129 casos de diarreia, 50 de picadas de animais peçonhentos, como cobras e escorpião, e 58 problemas respiratórios. Em Pernambuco, segundo a Secretaria de Saúde do estado, foram registrados casos isolados de diarreia, mas não há informações sobre surtos.
Além do trabalho de orientação e da distribuição de hipoclorito de sódio, comum aos dois estados, municípios pernambucanos contam a desratização promovida pela Secretaria de Saúde. "Estamos deslocando equipes para todas as cidades que tiveram prejuízos para a desratização e destruição de focos de escorpião", afirma Roselene Hans, diretora de Vigilância Epidemiológica de Pernambuco.
As Secretarias de Saúde dos dois estados afirmam solicitar a cloração de toda água entregue aos moradores por meio de carros-pipas.
Leptospirose
De acordo com o Ministério da Saúde, a leptospirose é uma doença causada por uma bactéria presente na urina do rato.
Em casos de enchentes e inundações, a urina dos ratos presente em esgotos e bueiros se mistura à enxurrada e à lama das enchentes. Por isso, o contato com a água ou lama contaminada pode causar a infecção.
Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas, podendo também ocorrer icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas).
Os primeiros sintomas podem aparecer de um a 30 dias depois do contato com a enchente. Na maioria dos casos, aparece 7 a 14 dias após o contato, ainda segundo o Ministério.
Professores com mais de 40 anos serão vacinados contra gripe suína em SP - UOL Ciencia e Saude
Diabetes deve crescer 65% em 20 anos na América Latina
texto retirado de uol ciencia e saude
Conselho quer disciplinar relação entre médico e laboratório
O CFM está propondo a restrição de patrocínio apenas para médicos que forem ministrar cursos e palestras em eventos, e a proibição de brindes aos profissionais. “Não pode haver nenhuma prescrição ou indicação médica em benevolência a agrados ou brindes”, disse o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, por meio de sua assessoria de imprensa. O protocolo tenta aperfeiçoar o que o Código de Ética Médica já prevê. Há pouco tempo, também foi aprovada uma resolução que proíbe o fornecimento de cupons e cartões de desconto em medicamentos pelos médicos em seus consultórios.
Para o presidente da Associação Médica de Ponta Grossa, o ginecologista Gilmar Nascimento, a norma pode reduzir a participação de médicos em congressos, já que a remuneração do médico tem passado por uma redução histórica. O diretor da Associação Médica do Paraná, o pediatra Gilberto Pascolat, acredita que deve haver uma regulação, mas que a realização de jornadas, por exemplo, fica inviável sem o patrocínio da indústria farmacêutica. Nascimento acrescenta que as associações não têm caixa para isso. O oncologista e professor Cícero Urban é favorável à regulação, lembrando que a discussão também ocorre na Europa. Ele analisa ainda que os valores dos patrocínios acabam sendo repassados aos preços dos medicamentos.
O presidente do CFM também cita o prejuízo causado pelo marketing da indústria farmacêutica, já que os laboratórios gastam até 30% do preço do remédio com a sua própria propaganda. Em nota, a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais opinou: “Não acreditamos que uma empresa use o poderio econômico para subornar médicos, e nem que os profissionais aceitem isso.”
texto retirado de www.gazetadopovo.com.br
Reportagem da Revista Veja - Sindrome de Down durante a gravidez
Cientistas criam novo teste para detectar Síndrome de Down durante a gravidez
Pesquisadores prometem exame de sangue capaz de diagnosticar a síndrome de Down de modo mais barato e menos invasivo do que procedimentos adotados atualmente
Por um preço acessível, entre 30 e 150 euros, os cientistas acreditam que será possível diagnosticar, além da síndrome de Down, outras doenças como a síndrome de Edwards, que causa malformação estrutural do feto, e a síndrome de Patau, que pode resultar no nascimento de um bebê com problemas físicos e mentais. A previsão dos pesquisadores é que o teste estará disponível em cerca de dois ou cinco anos.
Os cientistas utilizaram a tecnologia conhecida como MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification), kit já utilizado para detectar anormalidades cromossômicas. A novidade, porém, é que ela poderá ser extraída do sangue. De acordo com os pesquisadores, o teste é barato e rápido, com resultados entre 24 e 62 horas.
O estudo teve início em 2009 e deve continuar até 2012. Mas ainda são necessários mais estudos para garantir a segurança técnica do teste. "No momento, a confiabilidade do teste é de cerca de 80%, mas estamos trabalhando para melhorar a precisão do exame”, diz Frints.
Atualmente, mulheres com fatores de risco para doenças genéticas têm duas opções de diagnóstico pré-natal: a aminiocentese, que implica na retirada de uma amostra do liquido aminiótico que envolve o bebê no útero, e a biópsia de vilo corial, que é a retirada do uma parte do tecido da placenta para detectar as características genéticas do feto. Os dois são considerados procedimentos invasivos de diagnóstico pré-natal e trazem riscos à gravidez e ao bebê – 0,5% das mulheres podem sofrer aborto ao se submeter a essas práticas.
Além de eliminar os riscos existentes nos exames atuais, o novo teste poderia ser realizado já nas primeiras seis semanas de gravidez. A aminiocentese pode ocorrer apenas a partir da 15º semana e a biópsia de vilo corial no entre a 11º e 13º semana.
Durante a conferência da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, a pesquisadora Suzanna Frints, que comanda o estudo, afirmou que a próxima fase é realizar a pesquisa com mais mulheres para estabelecer a precisão do teste. “Quando conseguirmos desenvolver o processo, seremos capazes de oferecer um exame seguro, barato, rápido, confiável, preciso e principalmente não-invasivo. Será um benefício imediato para as mulheres grávidas”, disse.
No Brasil, 300.000 pessoas são portadoras de síndrome de Down. Por ano, um em cada 800 recém-nascidos possui a doença, que é mais frequente com o aumento da idade da mãe.
Pessimismo – Segundo especialistas consultados por VEJA.com, esse tema já é estudado pela comunidade científica desde 1985, mas nunca se obteve um resultado amplamente confiável. “É tecnicamente complicado extrair células fetais de sangue materno. Primeiro porque o sangue da mãe possui pouco DNA fetal, segundo porque às vezes existem células fetais de gestações anteriores – o que podem trazer falsos resultados”, diz Thomaz Gollop, especialista em medicina fetal e professor adjunto de ginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.
Gollop contesta os resultados positivos em 80% e o tempo destinado para a finalização do estudo, relatados pelos pesquisadores holandeses. “Em ciência e medicina, dois ou cinco anos significam muita coisa. É muito difícil transportar um método de pesquisa que precisa de tanta investigação e tempo para a prática clínica”, afirma.
Eduardo Borges da Fonseca, presidente da comissão de medicina fetal da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, explica que atualmente já é possível descobrir o tipo sanguíneo do bebê e o sexo, a partir de exame de sangue. Fonseca acredita, no entanto, que ainda serão necessários muitos anos para que se crie um mecanismo confiável de detecção de alterações cromossômicas a partir de exame de sangue. “O nosso sonho é tirar o sangue da mãe e mapear os problemas do bebê. Essa descoberta seria o ‘Santo Graal’ da medicina fetal”, finaliza.
Sete Maneiras de se Livrar da Herpes Labial
Fonte: "HowStuffWorks - Sete maneiras de se livrar do herpes labial"
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Transmissão da AIDS
Estatísticas da doença
A AIDS
A aids é a sigla em inglês da síndrome da imunodeficiência adquirida. É causada pelo HIV, vírus que ataca as células de defesa do nosso corpo. Com o sistema imunológico comprometido, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, um simples resfriado ou infecções mais graves como tuberculose e câncer. O próprio tratamento dessas doenças, chamadas oportunistas, fica prejudicado.
Mas, atenção! A aids é o estágio mais avançado da infecção pelo HIV. Uma pessoa pode passar muitos anos com o vírus sem apresentar sintoma algum. A duração desse período depende da saúde e dos cuidados do soropositivo com o corpo e alimentação.
Quanta mais cedo a infecção for descoberta, melhor. Portanto, faça o teste sempre que se expor ao HIV. Saiba onde fazer.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era quase uma sentença de morte. Atualmente, porém, a aids pode ser considerada uma doença de perfil crônico. Isto significa que é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento e uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal.
Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes. Deve-se, também, à experiência obtida ao longo dos anos por profissionais de saúde. Todos estes fatores possibilitam aos portadores do vírus ter uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
Há formas mais brandas desse distúrbio nas quais o paciente tem apenas obsessões ou as compulsões são discretas, sendo as obsessões pouco significativas. Os sintomas obsessivos mais comuns são:
- Medo de contaminar-se por germes, sujeiras etc.
- Imaginar que tenha ferido ou ofendido outras pessoas
- Imaginar-se perdendo o controle, realizando violentas agressões ou até assassinatos.
- Pensamentos sexuais urgentes e intrusivos
- Dúvidas morais e religiosas
- Pensamentos proibidos
- Lavar-se para se descontaminar
- Repetir determinados gestos
- Verificar se as coisas estão como deveriam, porta trancada, gás desligado, etc.
- Tocar objetos
- Contar objetos
- Ordenar ou arrumar os objetos de uma determinada maneira
- Rezar
Tem sido preconizado que o tratamento mais adequado é a combinação da farmacoterapia com as terapias cognitivo-comportamentais que isoladamente também apresentam bons resultados, assim como os remédios. A combinação desses tratamentos é superior ao uso isolado de cada um deles.
Classificação dos Transtornos Mentais
segunda-feira, 28 de junho de 2010
A hepatite C é uma doença viral que acomete o fígado. Acredita-se que cerca de 2 a 3% da população mundial esteja infectada por esse vírus. Essa doença na maioria das vezes não ocasiona nenhum sintoma e portanto a maioria das pessoas não sabe que estão infectadas. A exposição ao sangue infectado com o vírus da hepatite C é o principal meio de contaminação. Todas as pessoas que tenham recebido transfusões de sangue antes de 1992 ou que tenham usado drogas injetáveis ilícitas, constituem importante grupo de risco para essa infecção.
Existem ainda outras fontes de infecção, tais como: transplante de órgãos, hemodiálise, acupuntura, tatuagem, transmissão materno - fetal e sexual. Após a contaminação por esse vírus, a evolução da doença pode variar de pessoa para pessoa. A enorme maioria das pessoas não percebe quando foi contaminada.Cerca de 15% das pessoas tem cura espontânea da doença. Cerca de 85% das pessoas contaminadas caminham para um quadro de hepatite crônica. Deste total 20% irão desenvolver cirrose ao longo de um tempo variável. Ainda uma pequena porcentagem desses pacientes poderão desenvolver câncer de fígado ao longo do tempo. Trata-se portanto de uma doença grave. Não existe vacina para ela, porém existe tratamento.
O tratamento atual é feito com duas drogas diferentes: Interferon e Ribavirina. São medicamentos caros e com efeitos colaterais importantes. É necessário que seu uso seja feito com cautela e por profissionais experimentados. Felizmente o Ministério da Saúde fornece gratuitamente os medicamentos necessários. Cerca de 30 a 40% dos pacientes tratados apresentam cura da doença. Novos medicamentos, com melhores resultados encontram-se em estudo e deverão ser disponíveis em breve para uso de toda a população.
Dra. Maria Cássia Jacintho Mendes Corrêa
Médica - Assistente do Ambulatório de Hepatites da Divisão de Doenças Infecciosas e Parasitárias do HC-FMUSP.
Responsável pelo Ambulatório de Hepatites da Casa da AIDS-HC/ Fundação Zerbini.
O que é
A bronquite pode ser aguda ou crônica, de acordo com a duração dos sintomas e do grau da doença. Bronquite aguda é a inflamação das vias que levam o ar aos pulmões. É geralmente causada por agentes infecciosos (vírus ou bactérias) ou por agentes poluentes (fumaça). Estes atacam a membrana mucosa (revestimento) da traquéia e das vias aéreas, deixando-as vermelhas e inflamadas. A bronquite aguda geralmente ocorre durante a evolução de quadros infecciosos como sinusite, gripe ou outras infecções do sistema respiratório. Pode durar de três dias a três semanas.
Sinais de bronquite aguda
* Tosse seca ou com pouca secreção
* Calafrios, febre baixa (geralmente de 38,5o C)
* Dor ou irritação na garganta e dores musculares
* Sensação de queimação no peito ou de pressão sob as costelas
Tratamento de bronquite aguda
O médico pode receitar:
* Broncodilatadores (medicamentos que abrem as vias aéreas)
* Antibióticos
Bronquite crônica
Bronquite crônica é a inflamação e degeneração (destruição) das vias que levam o ar até os pulmões. A causa inicial mais comum de bronquite crônica é o cigarro. Portanto, parar de fumar é essencial ao tratamento e pode levar ao completo desaparecimento dos sintomas. Outras causas incluem poluição e infecções freqüentes das vias aéreas.
Muitas pessoas, principalmente fumantes, desenvolvem enfisema (destruição dos alvéolos dos pulmões) em associação à bronquite crônica. A bronquite crônica provoca alterações na troca de ar nos pulmões, com danos permanentes às vias respiratórias. É uma doença muito mais grave que a bronquite aguda. A bronquite crônica não é contagiosa.
Sinais de bronquite crônica
* Tosse com secreção ou catarro por pelo menos três meses, por dois anos seguidos
* Falta de ar (cansaço) aos esforços (nos estágios iniciais)
* Falta de ar (cansaço) em repouso (fase final da doença)
Tratamento da bronquite crônica
* Não fumar e evitar o fumo passivo
* Evitar ou diminuir o contato com o ar poluído, irritantes químicos, ar frio e tempo úmido.
* Tratamento médico para infecções das vias aéreas e problemas cardíacos quando presentes
* Suplementação de oxigênio
Dicas de autocuidado
* Respire o ar de um vaporizador ou umidificador
* Não se esqueça de que estes podem abrigar bactérias e que precisam ser limpos regularmente
* Use água destilada no lugar de água comum
* Tome analgésicos e antitérmicos para a febre, dores e/ou inflamação
* Repouse
* Beba muito líquido
* Não fume
* Evite o fumo passivo
* Diminua sua exposição à poluição (se necessário use ar-condicionado, filtro de ar e máscara protetora sobre a boca e o nariz)
* Se você tem bronquite com facilidade, evite sair de casa nos períodos de poluição mais intensa
* Use expectorantes em vez de supressores da tosse
* Tome os medicamentos receitados pelo seu médico.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Dor de Cabeça
Cientificamente denominada cefaleia, a dor de cabeça é definida como a presença de sensação dolorosa na cabeça, no pescoço e na face. Existem mais de 150 tipos diferentes de cefaleia, que podem ser divididas entre primárias, mais comuns, e secundárias.
As cefaleias primárias são aquelas causadas por distúrbios bioquímicos do próprio cérebro, que prejudicam o funcionamento de neurotransmissores e/ou seus receptores, desencadeando a dor. Portanto, são, elas próprias, a doença e o sintoma. O exemplo mais conhecido é a enxaqueca, doença do cérebro transmitida e herdada geneticamente. Outros exemplos são as cefaleias do tipo tensional, a cefaleia em salvas e as hemicranias paroxísticas, também provocadas por desequilíbrios no funcionamento químico do cérebro.
Já as cefaleias secundárias são causadas por problemas em quaisquer regiões do corpo, como tumores cerebrais, meningites, aneurismas, problemas dos olhos, ouvidos, garganta e até um simples resfriado.
Geralmente, o que leva as pessoas a procurar alguma orientação neste site são as dores de cabeça mais comuns, problemáticas ou incapacitantes, que trazem sofrimento para a vida dos pacientes e representam um grande desafio para os profissionais que buscam ajudá-los. É por essa razão que vamos nos aprofundar em aspectos relacionados aos tipos mais prevalentes e interessantes de dor de cabeça, fazendo apenas citações e referências aos menos importantes ou menos frequentes.
Culpa do Fumo
Texto retirado site: http://www.inca.gov.br/atualidades/ano9/estimativas.html
Muitos fatores têm contribuído para o crescimento do câncer no país, merecendo destaque o envelhecimento da população, resultante do intenso processo de urbanização, que acompanha a industrialização, e das ações de promoção e recuperação da saúde, que evitam a morte prematura por doenças infecciosas ou parasitárias. Com mais tempo de vida, as pessoas se expõem por mais tempo a fatores causadores de câncer, sendo o tabagismo o principal deles. O fumo é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, que este ano deverá causar 14.522 mortes. No total, o cigarro está ligado à origem de tumores malignos em oito outros órgãos, além do pulmão: boca, laringe, faringe, pâncreas, rins, bexiga, colo de útero e esôfago.
Segundo os dados do INCA, o principal tipo de câncer a aparecer na população brasileira em 2000 deverá ser o de pele não melanoma (42.305 casos novos), seguido pelo de mama feminina (28.340), de pulmão (20.082), de estômago (19.860) e do colo do útero (17.251).
Dr. Jacob Kligerman explica que o progressivo aumento da mortalidade por doenças crônico-degenerativas como o câncer, requer a promoção de um sistema de informações, a fim de gerar dados estatísticos e informações de boa qualidade para o planejamento de ações na área de saúde. "Elaborado a partir de novas bases metodológicas e apresentado em um novo formato, o estudo das Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer no Brasil contribui para um melhor conhecimento dessa doença no país", assegura o Dr. Kligerman.